A perda de apetite é uma queixa comum no consultório do geriatra e nem sempre é percebida pelo paciente, sendo o cuidador ou familiar quem relata o sintoma.

A solicitação de remédios ou vitaminas para aumentar o apetite é bastante frequente diante de um sintoma que causa tanta angústia para a família. Porém, normalmente as causas são multifatoriais e podem envolver desordens orgânicas, psicológicas e farmacológicas, sendo que dificilmente há um tratamento simples e rápido.

➡Causas orgânicas: com o envelhecimento a diminuição do paladar e/ou do olfato é comum, além da lentidão do esvaziamento gástrico e a sensação de saciedade precoce. Mas devemos sempre descartar qualquer causa orgânica secundária que possa estar contribuindo e piorando esse sintoma. Infecções, internações hospitalares ou outras doenças podem comprometer o apetite, e nem sempre a melhora é imediata após a resolução do quadro.

➡Causas psicológicas: depressão, transtornos ansiosos e a demência podem causar diminuição de apetite nos idosos.

➡Causas médicas: Infecção, internação ou doença clínica podem comprometer o apetite, e nem sempre a melhora é instantânea após a solução do quadro.

➡Causas farmacológicas: algumas medicações podem diminuir o apetite, outras podem levar ao ressecamento da boca e diminuição da saliva e existem os que podem alterar o olfato e/ou o paladar. Todos esses efeitos colaterais de medicações frequentemente prescritas para idosos, como antidepressivos, ansiolíticos, anti hipertensivos, antidiabéticos, dentre outros, podem levar a uma consequente diminuição do apetite.

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