Os idosos com demência podem experienciar dor física ou outros sintomas pelas mesmas razões que as outras pessoas. Contudo, o declínio cognitivo e da funcionalidade podem tornar os idosos menos capazes de comunicar aos seus prestadores de cuidados o que estão sentindo.

O declínio da função cerebral e das competências de comunicação pode prejudicar a capacidade da pessoa para relatar com precisão a localização, a intensidade e o tipo de dor que está sentindo ou para lembrar-se de tomar a medicação regularmente para aliviar a dor, o que significa que a pessoa poderá permanecer em sofrimento.

Como identificar a dor em pacientes com comprometimento cognitivo ou demência?

Nestes pacientes, a dor pode não ser referida de modo espontâneo e se manifestar como mudança do comportamento, inquietação ou agitação, recusa alimentar, expressão facial tensa, piora da marcha, instabilidade dos sinais vitais, com aumento da frequência cardíaca e respiratória, e manifestações verbais inespecíficas como gritos, gemidos e lamentos.

Além da demência, existem outros motivos que podem tornar as pessoas idosas menos propensas a comunicar que estão a sentir dor. As situações que podem levar uma pessoa a não comunicar a sua dor são: a depressão, o medo de hospitalização, a percepção errônea de que os analgésicos podem criar dependência; não quererem parecer fracas ou queixosas. As diferenças culturais, religiosas e de gênero podem afetar o relato também.

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