Ao longo do processo de envelhecimento, ocorrem mudanças psicológicas, sociais e físicas. Nas mudanças físicas destaca-se o padrão de sono por estar entre as mais frequentes queixas dos idosos. Mudanças relacionadas à velhice podem ser observadas em diversos níveis da qualidade do sono.

Um dos transtornos do sono mais prevalentes dentre os idosos é a apneia obstrutiva do sono, uma doença caracterizada pelo ronco e episódios recorrentes de obstrução total (apneia) ou parcial (hipopneia) das vias aéreas superiores.

Durante o sono, os músculos da faringe e da língua tendem a relaxar, assim como toda musculatura do corpo. E esse relaxamento gera uma obstrução da via aérea superior, dificultando o fluxo aéreo e causando ruídos (ronco) e pausas respiratórias. Ocorre baixa oxigenação pulmonar e cerebral, o que leva o sistema nervoso central a agir em busca da abertura das vias aéreas superiores. Nesse momento o indivíduo tem um forte ronco e um microdespertar, que apesar de inconsciente, é suficiente para fragmentar o sono.

Quem tem a doença costuma apresentar sonolência excessiva durante o dia, sensação de sono não reparador, queixas de memória e de concentração.

A intervenção terapêutica deverá começar pelo incentivo à perda de peso, cessação do tabagismo e abstinência alcoólica. Se o quadro clínico persistir após correção dos fatores de risco, a utilização de um dispositivo com pressão positiva contínua (CPAP) é considerado importante com obtenção de ótimos resultados tanto a nível de qualidade de sono, como a nível de desempenho de funções cognitivas.

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